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PREVENÇÃO AO SUICÍDIO. SERÁ QUE PRECISAMOS CONVERSAR SOBRE ISSO?

Segundo a OMS, a cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio no mundo, cerca de 800 mil pessoas a cada ano – sendo essa uma das principais causas de morte de pessoas com idade entre 15 e 29 anos. Saúde mental, é coisa séria!

Neste Setembro Amarelo, mês da prevenção ao suicídio, decidimos falar um pouco sobre a depressão, que ainda é um tabu na nossa sociedade. Por desconhecimento ou preconceito, há muitos julgamentos sobre a pessoa que sofre de depressão. Muitas vezes enquanto a pessoa está em sofrimento, sua dor é chamada de frescura, ingratidão, falta de vontade de melhorar, falta de Deus no coração e até de desculpa de gente preguiçosa. Mas a verdade é que a depressão é um transtorno causado por uma combinação de fatores genéticos, biológicos, ambientais e psicológicos, que interfere na rotina das pessoas, na sua capacidade de trabalhar, dormir, estudar, comer, ver o lado bom da vida e aproveitar os momentos. E sem um diagnóstico e tratamento adequados, ela não consegue sair desse lugar de dor.

Existem tratamentos eficazes e bem conhecidos para a depressão, mas por falta de recursos, de profissionais preparados e devido ao estigma social associado aos transtornos mentais, menos da metade das pessoas afetadas no mundo (esse valor chega a ser menos de 10% em alguns países) recebe tais tratamentos.

Segundo a OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde), algumas pesquisas genéticas indicam que o risco de depressão resulta da influência de vários genes que atuam em conjunto com fatores ambientais ou outros fatores. E é importante ressaltar que nem todas as pessoas com transtornos depressivos apresentam os mesmos sintomas. Estima-se que em todo o mundo, mais de 300 milhões de pessoas, de todas as idades, sofram com esse transtorno, e a gravidade, frequência ou duração variam dependendo do indivíduo e de sua condição específica. A depressão pode variar entre leve, moderada ou grave, dependendo da intensidade dos sintomas. Nos dois primeiros, a pessoa sente os impactos da depressão, mas consegue continuar a vida ativamente, já nos casos graves o humor deprimido pode ser tão intenso a ponto de impedi-lo de sair da cama ou levar a ideações e até a tentativa de suicídio.

Vamos falar abaixo sobre 3 tipos de transtornos depressivos, porém existem muitos subtipos; por isso, é importante ficar atento e acolher as pessoas que buscam ou que parecem precisar de alguma ajuda.

Transtorno depressivo recorrente

Como o nome já diz, é o tipo que apresenta episódios recorrentes. E durante esses episódios, a pessoa pode apresentar sintomas psicológicos, físicos e comportamentais, que em casos graves, pode levar a uma diminuição das atividades em geral por pelo menos duas semanas.

Comportamentais – Isolamento, agressividade, falta de interação, mudança brusca de rotina (por exemplo, só fica deitado), choro excessivo e repentino, abuso de substâncias químicas.

Psicológicos – Sentimento de culpa sem motivo, baixa autoestima, tristeza intensa, insegurança, pensamentos relacionados à morte, frustração, sobrecarga emocional, irritabilidade, infelicidade recorrente.

Físicos – Dores no corpo sem causa aparente, distúrbios do sono, distúrbios de apetite, fadiga constante, emagrecer ou engordar de forma repentina, dores de cabeça, problemas digestivos, falta de energia corporal.

Transtorno afetivo bipolar

Esse tipo de depressão consiste tipicamente na alternância entre episódios de mania e de depressão, separados por períodos de humor normal.

Mania e depressão, são dois polos de perturbação de humor, um ligado a extrema energia, comportamentos impulsivos, humor exaltado ou irritado, autoestima inflada e pensamento acelerado, enquanto o outro relaciona-se com a apatia, baixa energia, humor deprimido e a falta de vontade para fazer praticamente qualquer coisa.

Segundo Luiz Dickeman, psiquiatra da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), quando ocorre somente a bipolaridade é mais fácil de reconhecer a doença, já que o paciente apresenta sintomas evidentes. Porém, quando o quadro depressivo aparece em conjunto, pode levar anos até se chegar a um diagnóstico preciso.

Depressão psicótica

Neste caso, além da tristeza profunda, o paciente apresenta alucinações e delírios. O indivíduo sofre uma alteração nos 5 sentidos, podendo ouvir e ver coisas que mais ninguém vê, ou sentir cheiros que outras pessoas não sentem e até ter a sensação na pele de estarem sendo tocados.

É um tipo considerado raro pelos médicos, e pode ser provocada por luto, traumas, ou excesso de autocobrança. O paciente fica fora de si com frequência, tem dificuldade de distinguir as alucinações da realidade e algumas vezes os sintomas são confundidos com os da esquizofrenia.

Segundo especialistas, neste quadro depressivo, as chances de reações suicidas são altas; por isso, é necessário ter um acompanhamento médico frequente até a melhora dos sintomas, que de forma geral, podem ser: delírios, alucinações, comportamento alterado, mudança de sentimentos, postura infantil, personalidade imprevisível, sentimento constante de perseguição, longo período de transe, sem realizar nenhuma atividade por iniciativa própria.

O tratamento para cada tipo de depressão é diferente, por isso a importância do diagnóstico correto e preciso. Pacientes sem um tratamento adequado, permanecem depressivos e pioram a cada dia, podendo perder a sua funcionalidade, apresentar dificuldades cognitivas, adoecer fisicamente além de estarem correndo o risco de suicídio. O primeiro passo para a prevenção é o acolhimento, a empatia, saber ouvir o outro e estar atento ao que está sendo dito, muitas vezes nas entrelinhas. É dar espaço para a pessoa desabafar e não desabar, ouvir, sem julgar.

Com mais amor ao próximo e cuidado com o outro, nossa sociedade pode salvar muitas vidas! Cuide-se, e cuide de quem você ama.

Redação Verx.

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